No seguimento dos resultados alcançados no projeto M2Grés, e consciente das limitações ainda existentes ao nível da louça em grés e da necessidade da Riastone se tornar mais competitiva face aos seus concorrentes, decidiu-se criar o presente projeto designado “M2G2 – Desenvolvimento de novas peças em grés de elevado valor acrescentado, através de um processo mais sustentável do ponto de vista económico e ambiental”.
Este projeto surge, assim, como resposta às limitações ainda existentes relacionadas com a resistência das peças de louça em grés ao metal-marking, bem como com a necessidade de uma utilização em serviço mais prolongada, introduzindo simultaneamente uma componente decorativa que pretende elevar o valor dos produtos finais.
Neste contexto, é essencial a realização de trabalhos com uma forte componente de I&D, que permitam a conceção de novas formulações de pastas e vidrados e utilização de técnicas inovadoras de decoração para o desenvolvimento de novas peças em grés.
Definiu-se uma estratégia assente em quatro vertentes de investigação:
- Resistência mecânica/espessura: o atual produto em grés tem uma elevada espessura (cerca de 30% superior à da porcelana), o que o torna pesado. Pretende-se reduzir essa espessura sem prejuízo da atual resistência mecânica, necessitando, para tal, de alterar a formulação das pastas;
- Resistência química: o produto porcelana é adequado para utilização em hotelaria por ter elevada resistência às lavagens consecutivas e com detergentes agressivos, mantendo o brilho e a resistência ao risco e ao metal-marking. O atual produto em grés consegue atingir a resistência ao metal-marking pretendida, mas tem um ciclo de vida significativamente inferior, uma vez que que as lavagens danificam severamente os vidrados.
- Decoração: o produto Riastone é vendido em cores sólidas e, tradicionalmente, o produto grés não é decorado porque a operação aumenta excessivamente os custos de produção, originando um aumento do preço de venda que os clientes não estão dispostos a suportar.
Neste contexto, é necessário investigar novos pigmentos para uso nos seus vidrados, que mantenham a compatibilidade com o processo de monocozedura, com o intuito de produzir novos de efeitos decorativos, assim como avaliar a possibilidade de adotar novas tecnologias (e.g. impressão digital);
- Eficiência energética: A eficiência energética associada ao processo de monocozedura é um desafio atual. Qualquer redução de tempo e temperatura de cozedura traduzir-se-á na melhoria da sustentabilidade ambiental e na redução de custos. No entanto, todas as alterações que conduzam a ganhos significativos obrigam a ajustes na formulação das pastas e, consequente alteração das formulações de vidrados a aplicar, para que se consigam obter as características desejadas para o produto final.
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