7 Maio 2025
Luís Carlos, investigador do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro e professor do Departamento de Física (DFis) da Universidade de Aveiro (UA), é o vencedor do Prémio Medinaveitia-Lourenço 2025.
Atribuído anualmente, e em alternância, pela Real Sociedade Espanhola de Química e pela Sociedade Portuguesa de Química, o galardão, mais conhecido como Prémio Luso-Espanhol de Química, tem como principal objetivo reconhecer investigação científica com projeção internacional realizada em Portugal e Espanha no domínio da Química, em qualquer das suas áreas.
Luís Carlos é reconhecido pelo seu trabalho na área dos materiais emissores de luz e suas aplicações, particularmente na medição da temperatura à nanoescala.
“A distinção é o reconhecimento do trabalho desenvolvido no grupo de investigação em nanomateriais e materiais híbridos fotónicos (Phantom-g) que criei em 2000, tendo contado com o esforço e a dedicação de muitos dos seus membros, sendo, por isso, também, um atestado do seu mérito científico”, sublinha o investigador da UA.
Por isso, Luís Carlos agradece a todos eles, especialmente aos estudantes que orientou, bem como à UA, particularmente ao DFis e ao CICECO, “por terem criado condições que permitiram o desenvolvimento na UA de um grupo de investigação com visibilidade internacional e pioneiro no estudo de nanotermómetros luminescentes e híbridos orgânicos-inorgânicos emissores de luz”.
“Honra-me, assim, de sobremaneira, que a Real Sociedade Espanhola de Química tenha reconhecido o mérito do trabalho que desenvolvemos e estou grato por isso”, congratula-se Luís Carlos. “Espero continuar a desfruir da aragem doce da descoberta, colaborando no desenvolvimento da investigação que se faz na UA e contribuindo para a sua afirmação internacional”.
Luís Carlos é doutorado em Física pela Universidade de Évora, em 1995, com uma tese sobre electrólitos poliméricos fotoluminescentes incorporando sais de lantanídeos. Atualmente, é Professor Catedrático no DFis da UA. É membro da Academia Brasileira de Ciências e recebeu os prémios Estímulo à Excelência da FCT, 2004, e o ICOM 2022 (for lifetime achievements in the field of optical materials), 2022. Ao longo da sua carreira, teve o privilégio de ser professor visitante em instituições como a Universidade Estadual de S. Paulo, Brasil, a Universidade de Montpellier, França, a Universidade Técnica de Nanjing, China, e a Universidade de Wroclaw, Polónia. Em 2000, fundou o grupo de investigação “Phantom-g” na Universidade de Aveiro, que se dedica a híbridos fotónicos e nanomateriais. Os seus interesses de investigação situam-se principalmente no domínio dos materiais luminescentes para sensors e é amplamente reconhecido como uma figura influente e pioneiro neste domínio, em particular pelo seu trabalho sobre (nano)termometria de luminescência.
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