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6 Junho 2023

Novos Avanços Promissores na Hipertermia Magnética para Tratamentos Oncológicos

Novos Avanços Promissores na Hipertermia Magnética para Tratamentos Oncológicos

Uma equipa de investigadores do CICECO e do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, em colaboração com investigadores do INMA da Universidade de Zaragoza, em Espanha, publicou um estudo na prestigiada revista ACS Nano, apontando uma técnica promissora para o mapeamento da temperatura em tempo real, durante a aplicação um campo magnético externo tal como na hipertermia magnética, uma técnica usada no tratamento de doenças oncológicas.

A hipertermia magnética é uma técnica utilizada em tratamentos oncológicos, mas a baixa potência de aquecimento das nanopartículas magnéticas disponíveis para uso em humanos é uma limitação que restringe a eficácia da técnica. A alternativa investigada foi a hipertermia intracelular local, que utiliza pequenas quantidades de calor geradas em sítios intracelulares termossensíveis para induzir a morte celular de forma controlada.

“Neste estudo utilizámos termómetros moleculares luminescentes para medir a variação da temperatura local em nanopartículas magnéticas em tempo real durante a exposição a um campo magnético externo no interior de células vivas”, refere Luís Carlos, autor correspondente da publicação. O investigador Carlos Brites realça ainda que “os resultados indicaram que as nanopartículas alcançaram um aumento de temperatura até 8°C sem aquecer significativamente a membrana celular, o que pode abrir a possibilidade de desenvolver tratamentos menos evasivos e mais eficientes, com a consequente diminuição dos efeitos secundários para os pacientes”.

Os resultados são promissores para o avanço da hipertermia intracelular local como técnica efetiva de diagnóstico e terapia, especialmente para doenças oncológicas. No entanto, serão necessários mais estudos para avaliar a eficácia da técnica em diferentes tipos de tumores em modelos animais e, posteriormente, em seres humanos.

O trabalho decorreu no âmbito do projeto NanoTBTech recentemente concluído, financiado por fundos europeus (grant agreement 801305) e liderado pela Universidade de Aveiro.

A publicação está disponível no endereço: https://doi.org/10.1021/acsnano.3c00388

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