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5 Março 2025

CICECO consolida relação com indústria no Open Day do IAPMEI com Revigrés

CICECO consolida relação com indústria no Open Day do IAPMEI com Revigrés

No dia 25 de fevereiro, a Revigrés, em colaboração com a Universidade de Aveiro (UA) e o CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, realizou um Open Day coorganizado pelo IAPMEI. O evento sublinha a importância da colaboração academia-indústria na era da transformação digital e transição energética, e teve como objetivo apresentar exemplos de sucesso e práticas inovadoras na implementação de soluções tecnológicas de Indústria 6.0.

A missão passou por consolidar o papel do CICECO-UA como gerador de conhecimento e parceiro na relação Indústria-IAPMEI-REVIGRÉS e parte integrante da cadeia de valor para a transformação pela inovação industrial.

O CICECO esteve representado pela Vice-Diretora, Professora Doutora Paula M. Vilarinho, que apresentou o CICECO, salientou a relevância das relações do Instituto de Materiais de Aveiro com a indústria e apresentou a relação da UA-CICECO com a Revigrés e a sua importância no contexto atual da inovação industrial. Paula Vilarinho afirma que “a academia é agora considerada um parceiro neste processo. Pela primeira vez na história do CICECO, somos convidados para esta celebração, que são os Open Days do IAPMEI na indústria”.

A professora do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica destaca que “o CICECO pretende ser um “beacon nas relações academia-Indústria na área dos materiais”, e que esta iniciativa representa o reconhecimento absoluto, por parte de um organismo responsável, que o papel da academia é fundamental no processo de inovação no contexto europeu atual. Saliente-se que a missão do IAPMEI é promover a competitividade e o crescimento empresarial, assegurar o apoio à conceção, execução e avaliação de políticas dirigidas à atividade industrial, visando o reforço da inovação, do empreendedorismo e do investimento empresarial.

Paula Vilarinho explica que “o financiamento da Ciência em Portugal, e até na Europa, será cada vez mais relacionado com o financiamento privado, empresarial e industrial” e destaca as recomendações do Relatório Draghi sobre a competitividade europeia (consultar aqui – figura 1). “Há uma prioridade Europeia de aumentar a transição da “inovação” em “comercialização” – conclui.

 

Figura 1

 

Paula Vilarinho destaca ainda que “assim, neste enquadramento atual, sem pôr em causa a investigação fundamental, que é e será transformativa, as relações com a Indústria, nacional e internacional, são uma prioridade para o CICECO, que tem uma vice-diretoria relacionada com a cooperação”. A vice-diretora completa que “as prioridades da direção para promover estas relações com a indústria são claras e pretendem incentivar, nutrir  e apoiar as relação com a indústria na sua total abrangência, através de um pacote de medidas”.

Destacam-se acções como: 1) colaborar com a industria atual, local, nacional ; 2) Fomentar e apoiar a criação de empresas; 3) Publicação de resultados de relevância “indústria” como patentes, livros brancos sobre tecnologias, artigos de opinião, 4) Ações como workshops com a indústria / para a indústria; 5) participações projectos nacionais Portugal 2030, europeus, Pathfinders, com indústria; 6) Envolvimento da indústria na Jornadas CICECO; 7) Criação do dia da indústria no CICECO, com mostras do que se faz no CICECO. 

Paula Vilarinho explica que o desafio é grande, uma vez que nem toda a articulação com a Indústria se faz diretamente. A vice-diretora do CICECO explica que, por um lado, “articula-se directamente em muitos casos, e até pode ser mensurável, ou seja, há desenvolvimentos de ponta que se aplicam quase diretamente no processo e no produto, e a empresa passa a fazer melhor, diferente e ganha mercados etc.”.  Contudo, existem efeitos não mensuráveis muito importantes. Por exemplo, “a mudança de mentalidade e a abertura à inovação, ao fazer diferente, ao pensar diferente, e a diminuição da aversão à mudança, é um efeito intangível e não mensurável, que não pode ser descurado.”

A parceria Revigrés-UA/CICECO serve como um exemplo inspirador de como a colaboração entre a academia e indústria pode impulsionar a inovação e a sustentabilidade. A colaboração de longa data entre a Revigrés e a UA/CICECO, que remonta à fundação da empresa em 1977, foi apresentada como um modelo de sucesso. Esta colaboração contínua ilustra como a investigação académica pode ser efetivamente traduzida em aplicações industriais, impulsionando a inovação no setor cerâmico português.

O evento de dia 25 de fevereiro sublinha o papel crucial do CICECO na geração de conhecimento científico e tecnológico, essencial para impulsionar a competitividade industrial. A apresentação no Open Day Revigrés destacou os resultados tangíveis desta parceria, demonstrando como a proximidade entre academia e indústria pode acelerar a transferência de tecnologia e a comercialização de conhecimento. O evento reforçou a necessidade de políticas que promovam a colaboração entre universidades e empresas, incentivando a criação de um ecossistema de inovação dinâmico e eficiente em Portugal, capaz de competir no cenário europeu e global.

Para Paula Vilarinho, esperam-se múltiplos resultados deste dia produtivo, como enumera: “1) O reconhecimento da nossa absoluta importância como geradores de conhecimento e como esse conhecimento, mesmo no inicio da cadeia de valor, é fundamental; 2) Mostrar à comunidade a relevância da nossa parceria também é fundamental, dando exemplo para os outros atores e para a governação de um excelente exemplo de boas práticas da relação entre a academia e a indústria; 3) Oportunidade de fazer novos contatos e mostrar a quem agora toma decisões de investimentos e regula, que há excelentes exemplos de boas práticas”.

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