O trabalho de investigação incidiu na preparação de novas moléculas sintéticas da família das porfirinas, e cujos derivados naturais apresentam relevantes funções biológicas, como é o caso do grupo heme na hemoglobina ou da clorofila nas plantas. O artigo agora publicado consistiu na síntese de novos derivados de porfirina contendo unidades de pirazol sem recurso a agentes oxidantes dispendiosos ou tóxicos. Além das porfirinas, também os pirazóis apresentam importantes atividades farmacológicas, existindo no mercado medicamentos que contêm a unidade pirazol nos seus princípios ativos, nomeadamente o Celocoxib, o Viagra ou o Acomplia, utilizados no tratamento da osteoartrose ou da artrite reumatoide, da disfunção eréctil ou da obesidade, respetivamente.
Por outro lado, o estudo das propriedades fotofísicas dos compostos preparados mostrou que estes, quando irradiados com luz, são capazes de formar formas muito reativas de oxigénio (ex. oxigénio singleto) que conseguem destruir tecidos cancerosos ou microrganismos indesejados. Estas propriedades fazem das moléculas agora preparadas candidatos promissores para utilização na terapia fotodinâmica de tumores ou para a fotoinativação microbiana.
O trabalho foi assinado pelos investigadores Nuno Moura, Maria do Amparo Faustino, Maria da Graça Neves, Augusto Tomé, Artur Silva e José Cavaleiro, da unidade de Investigação QOPNA, Filipe Almeida Paz, do CICECO, Beate Röeder e Steffen Hackbarth, da Universidade de Humboldt e El Mustapha Rakib, Abdellah Hannioui e Souad Mojahidi, da Universidade Sultan Moulay Slimane. O artigo foi publicado no vol. 68, de 30 de setembro de 2012, deste periódico editado pela Elsevier.
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