O artigo intitula-se “Non-isothermal crystallization kinetics of cork-polymer composites for injection moulding” e é assinado por Sara Magalhães da Silva e José Martinho Oliveira do CICECO/ESAN e Paulo Silva Lima da ESAN. O artigo retrata o estudo da cinética de cristalização não-isotérmica de compósitos de cortiça de matriz polimérica (CPC), fazendo parte de um projeto de maior dimensão que visa otimizar a utilização de CPC durante o processo de moldagem por injeção, minimizando os efeitos de um processo de elevada pressão na estrutura da cortiça. Pretende-se transformar materiais compósitos em produtos que ofereçam propriedades próximas da cortiça.
O projeto onde se enquadra este trabalho designa-se “Cork-polymer composites – A sustainable solution in injection moulding and additive manufacturing” e os parceiros são empresas do setor da cortiça.
O principal objetivo do trabalho retratado no artigo foi descrever o comportamento de cristalização da matriz polimérica, polipropileno (PP), na presença de pó de cortiça, por forma a avaliar este mesmo comportamento durante o processo de moldagem por injeção.
O processo de cristalização do PP na presença de pó de cortiça deu origem a um maior número de cristalites e com menores dimensões, comparativamente às existentes no PP puro, identificando-se neste estudo um efeito nucleador da cortiça, afirmam os investigadores.
Entre as vantagens deste material, o investigador José Martinho Oliveira refere que, “tratando-se de um material que utiliza matrizes termoplásticas reforçadas com partículas de cortiça, no final do ciclo de vida, os produtos são reaproveitáveis”. Por outro lado, acrescenta, existe ainda a vantagem a exploração sensorial destes compósitos em novos designs. Estes materiais oferecem a possibilidade de serem usados em múltiplos setores de atividade, como sejam o mobiliário, a decoração, o automóvel.
Para que este material possa utilizado pela indústria e entrar no circuito comercial é preciso continuar com a investigação e esperar que o envolvimento de algumas empresas possa despertar o interesse pela comercialização, aponta José Martinho Oliveira, também diretor da ESAN.
Mais informações: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/app.44124/abstract
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