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25 Fevereiro 2019

Novo modo de controlar a luminescência de nanopartículas

Novo modo de controlar a luminescência de nanopartículas
Há uma nova metodologia para controlar as propriedades da emissão de luz visível de nanopartículas. Resultado do trabalho de investigação de Carlos Brites e de Luís Carlos, do Departamento de Física (DFis) da Universidade de Aveiro (UA), o novo método fez mesmo a capa da conceituada revista Advanced Functional Materials.

As nanopartículas, com um tamanho de cerca de 5000 vezes menores que o diâmetro do cabelo humano, absorvem radiação infravermelha convertendo-a em radiação visível de cor verde, vermelha ou azul.

“Até há poucos anos, pensava-se que o aumento da temperatura resultava sempre numa diminuição da intensidade de emissão das nanopartículas [efeito térmico de supressão de emissão], mas recentemente percebeu-se que a intensidade de emissão pode manter-se constante, ou mesmo aumentar, durante um processo de aquecimento quando o tamanho das partículas está abaixo de um tamanho crítico de cerca de 20 nanómetros”, explica Luís Carlos.

Produto de uma colaboração entre os investigadores Carlos Brites e Luís Carlos, do DFis e CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro da UA, e de um grupo de investigadores da Universidade de Campinas, no Brasil, liderado por Eduardo Martinez, o trabalho descreve uma metodologia inovadora para controlar as propriedades de emissão de luz visível de nanopartículas.

Os investigadores reportam uma estratégia engenhosa de ajustar a temperatura das nanopartículas de tamanho entre os 7 e os 300 nanómetros, colocando-as sobre uma rede de nanofios de prata (pequenos filamentos de prata diâmetro nanométrico) que aquecem quando atravessados por uma corrente elétrica.

“Dada a baixa dimensão dos nanofios é possível depositá-los sobre superfícies transparentes e maleáveis, construindo, assim, dispositivos electrocrómicos, isto é, pequenos ecrãs a cores finos, maleáveis e transparentes, controlados por uma corrente elétrica externa”, revela Luís Carlos.

O trabalho descreve, também, pela primeira vez, a possibilidade de medir a temperatura absoluta das nanopartículas através da análise da sua emissão, sem contacto e sem necessidade de calibração prévia. O trabalho foi destacado recentemente na capa da prestigiada revista Advanced Functional Materials e está disponível para consulta através da ligação https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/adfm.201807758

 

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